29 abril 2012

Yoga

O método do Guruji Patthabi Jois

Método de fora:

Asanas, Pranayama, Yamas, Niyamas

Método de dentro:

Pratyahara, Dharana, Dhyana, Samadhi

Asanas
Principais tipos de Asanas em posição sentada:

Padmasana (posição de lótus) - Este asana trabalha a flexibilidade das articulações dos joelhos e tornozelos, tonificar os órgãos abdominais e a coluna, promovendo maior irrigação sanguínea na base do tronco. É o asana da meditação por excelência.


Bhadrasana - A tradução do termo sânscrito bhadra é "trono". bhadrasana significa, portanto, "o asana do trono".




Vajrasana – Á semelhança do Padmasana, esta é uma posição de meditação que permite prolongar por mais tempo este asana.





Virasana - Esta posição psico/física é também conhecida como posição do herói.


Svastikasana - Esta posição psico/física é também conhecida como posição da prosperidade



Outros asanas:
 
Pranayma
É uma palavra sânscrita que significa respiratório. A respiração é a representação mais sutil da energia vital dentro do seu corpo. Respiração e mente são interdependentes e interpenetrantes.
Prana é a fonte de energia, o substrato universal. Pranayama é o conhecimento e controle do Prana. Existe entre a inspiração e a expiração um ponto de repouso, um momento de completa satisfação respiratória. É neste ponto que o praticante do controle respiratório repousa sua atenção, deixando sua respiração fluir.
O melhor momento para praticar pranayamas é no período da manhã, após o alvorecer - o sol da manhã tem alta concentração de prana. As práticas são diárias e devem durar pelo menos 15 minutos, com propósito e regularidade: devem ocorrer sempre à mesma hora e posição. O olhar deve estar focado em um ponto, de forma a manter a mente concentrada. A uniformidade da respiração fará a mente entrar em um estado de serenidade. No fim deve-se permanecer na posição de Savasana por volta de 5 - 10 minutos.
Nas práticas de pranayama são utilisadas as quatro fases da respiração:
  1. Pooraka ou inspiração
  2. Rechaka ou expiração
  3. Antar kumbhaka ou retenção interna
  4. Bahir kumbhaka ou retenção externa

Yamas
Os yamas e niyamas são disciplinas individuais que visam um processo de purificação e estruturação integral da personalidade que permite uma transformação da natureza da mente, normalmente com tendência para a dispersão. O aperfeiçoamento destas disciplinas inverte desta tendência no sentido da concentração espontânea.
Os yamas referem-se mais à conduta social, à forma como a acção no campo externo pode estimular e influenciar o praticante, enquanto os niyamas estão mais focados na conduta interna, o que não quer dizer que para aperfeiçoar os yamas basta a acção externa, antes pelo contrário, no yoga todo processo de mudança acontece de dentro para fora.
Máximas:
  • Ahimsa – não-violência, eliminação de todo e qualquer complexo de desaprovação e reacção. O aspecto mais importante e difícil é não gerar um sentido de oposição mesmo em relação a pessoas violentas.
  • Satya – verdade. Despertar da capacidade em que a mente e consequentemente o discurso e a acção são um reflexo puro da realidade, ou seja, a pessoa que aperfeiçoa esta qualidade expressa aquilo que é e não aquilo que não é.
  • Asteya – não-apropriação. Não tomarmos como nosso tudo aquilo que não é, sejam objectos materiais, pensamentos ou ideias. Se levarmos esta disciplina às últimas consequências chegaremos à questão 'o que é verdadeiramente meu?', e se a resposta certa se revelar, responderemos também à pergunta mais importante de todas 'quem sou eu?'.
  • Brahmacharya – não dissipação da energia sexual. Esta disciplina implica o enquadramento adequado da sexualidade para que energia activada pelo acto sexual possa ser canalizada e sublimada para a expansão da consciência.
  • Aparigraha – não possessividade. Abandono da tendência de acumulação para além dos bens essenciais à vida, e mesmo em relação a estes é cultivada uma atitude de desapego.

Niyamas
Técnicas:
  • Shaucha – limpeza. Serve para criar um sentido de limpeza ou purificação da mente. Esta disciplina está intimamente relacionada a nível práctico com os shatkarmas (técnicas de limpeza) do hatha yoga, que purificam o corpo de toxinas e impurezas.
  • Santosha – contentamento. Quando estamos insatisfeitos é impossível atingir o estado de meditação, porque a mente se projecta para um futuro ilusório, uma miragem onde enfim estaremos satisfeitos e completos. Esta relação com o tempo é um dos principais obstáculos à meditação, e só pode ser superado quando aprendemos a arte de apreciar a riqueza de cada momento. O verdadeiro contentamento e plenitude florescem da revelação que o presente é perfeito porque é o que é, e não o que queríamos que fosse. A fonte que sacia todas as sedes, brota internamente, constante e independente das circunstâncias externas.
  • Tapas – austeridade. Para atingir o estado de meditação é necessário um corpo forte e saudável, que consiga permanecer imóvel durante bastante tempo. A prática de determinadas austeridades tem este objectivo de fortalecer o corpo e a mente, libertando toxinas e impurezas. É a atitude de auto-superação, a capacidade de transformar as dificuldades em oportunidades para evoluir.
  • Swadhyaya – auto-estudo. Significa a análise e o conhecimento da própria personalidade, estarmos conscientes das nossas qualidades individuais, percebermos as nossas forças e fraquezas para melhor sabermos quem somos. todo o estudo intelectual é inútil se não somos capazes de aplicar o conhecimento dessa verdade. Sem aplicação prática o swadhyaya não tem sentido.
  • Ishwara Pranidhana – entrega. Ishwara significa 'a mais alta realidade' e pranidhana 'acreditar'. É o reconhecimento de que existem muitas coisas que não controlamos (será que controlamos alguma coisa?). O aceitar desta realidade não implica uma imersão na resignação ou passividade, mas sim uma acção mais consciente dos seus próprios limites.

Pratyahara
Pratyahara é a quinta parte do Ashtanga Yoga. Como eram poucos os discípulos que chegavam até os estágios finais do Ashtanga Yoga, uma versão mais moderna preferiu excluir alguns aspectos. Criada no século XV o HathaYoga fez muito sucesso.
“É necessário ocupar-se na prática de Yoga com fé e determinação, e não se desviar do caminho. Deve-se, sem exceção, abandonar todos os desejos materiais nascidos da especulação mental, e desse modo controlar todos os sentidos por completo, através da mente.”

Dharana
Também conhecida como samadhana é um dos oito ramos do yoga clássico. É a sexta parte do Asthanga yoga. A base deste exercício yogue esta na concentração num único ponto.
Na prática da concentração, que precede a contemplação ou meditação profunda (dhyana), é fundamental a introversão, limitando a atividade mental à contemplação dum objeto artha, como uma mandala, um yantra ou um bijamantra. Quando a concentração aumenta surge o dhyana. Existem praticas de dharana para a focalização de partes internas do corpo e a retenção da respiração.
Ela representa a reunião das energias físicas (alto grau de inibição ou introversão pratyahara. e diminuição do ritmo do pensamento reflexivo).
A diferença entre Dharana, Dhyana, e Samadhi está no nível de concentração empregado pelo praticante.
 

 

No Yoga não há lugar para o pecado, o verdadeiro problema é a ignorância